Xiaomi não se pronunciou sobre abuso no telemarketing no Brasil: entenda o silêncio
Protocolos de segurança na telefonia: Xiaomi não se pronunciou e a discussão continua. Acompanhe os desdobramentos.
Enquanto algumas marcas já se adiantam na implementação de novas tecnologias, a Xiaomi, renomada fabricante chinesa de celulares, tem chamado a atenção por um motivo curioso: o silêncio.
Desde 15 de abril, tentativas de contato foram feitas por diversos veículos de imprensa para entender os planos da empresa quanto aos protocolos Stir/Shaken e RCD, mas sem sucesso.
Xiaomi não se pronunciou sobre os protocolos Stir/Shaken e RCD
Os protocolos Stir/Shaken e RCD representam um avanço na segurança das comunicações telefônicas. O primeiro assegura que o número que aparece como chamador é realmente o originador da ligação. Ou seja, é um combate direto à prática de spoofing, que envolve a falsificação de números para enganar os destinatários.
Já o RCD, ou Rich Call Data, propõe que cada chamada transmita informações adicionais, como o nome e a marca do chamador, similares aos perfis verificados em redes sociais.
Ambos os protocolos estão sendo testados sob a supervisão da Anatel e prometem reduzir drasticamente as ligações abusivas e os golpes. Ou seja, isso tem ainda mais valor em um país como o Brasil, onde esse tipo de prática é recorrente.
Abordagem das concorrentes
Diferentemente de seus concorrentes, como Motorola e Samsung, que já anunciaram a adoção das novas tecnologias em seus dispositivos, a Xiaomi parece ter uma estratégia diferente.
Afinal, a empresa aposta que o Google desenvolva essas funcionalidades e as implemente diretamente no Android. Desse modo, permitiria que a Xiaomi utilizasse o discador nativo do sistema operacional em seus dispositivos com MIUI e HyperOS.
Essa abordagem pode simplificar o processo para a Xiaomi, evitando investimentos adicionais em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. No entanto, também levanta dúvidas sobre a efetividade e a rapidez com que a tecnologia será disponibilizada aos usuários da marca.
Finalmente, a Xiaomi segue expandindo sua influência no mercado brasileiro. Com uma gama de produtos que vai além dos smartphones, incluindo gadgets e eletrodomésticos inteligentes, a empresa está consolidando sua posição como uma das favoritas entre os consumidores.
A falta de comunicação sobre os novos protocolos de chamada pode colocar em xeque a percepção de responsabilidade da empresa em relação à segurança e inovação tecnológica. Portanto, resta saber se essa estratégia de silêncio será benéfica ou prejudicial a longo prazo para a reputação da Xiaomi no Brasil.