Por que o Google e Facebook estão ficando piores por causa da Inteligência Artificial?
Entenda como o que há de mais modeno na tecnologia tem prejudicado o uso da internet pelo cidadão comum.
Não se pode negar que a Inteligência Artificial (IA) é sinônimo de avanço tecnológico nas mais diversas áreas. Contudo, também não se pode ignorar que é essa mesma IA que tem colocado em risco muitas pessoas a partir do uso da internet.
Isso ocorre porque a nova tecnologia tem inserido links para sites de golpes e malwares nas referências das respostas geradas em ferramentas de IA, por exemplo.
Durante alguns testes, a funcionalidade direcionou usuários a páginas com extensões suspeitas no navegador Chrome, além de sorteios falsos de iPhone e muitas outras ações fraudulentas.
Outros serviços também apresentaram piora desde a inserção da IA na rotina dos cidadãos. O Facebook está cada vez mais repleto de imagens artificiais, quase sempre com a intenção de lesar o usuário.
Esses problemas com o Google ocorrem a partir do uso da Search Generative Experience (SGE). Ela é o recurso de buscador que a IA generativa utiliza para escrever textos com informações pesquisadas pelo usuário.
Ao término do trabalho, a SGE lista os conteúdos de referência usados para aquela resposta, e é exatamente aqui que reside o problema. O Google tem listado páginas maliciosas ou de spam entre os links de referência.
Até o momento, o Google ainda não conseguiu resolver esse tipo de ataque nos resultados de pesquisa. Isso acontece porque, quando os sites nocivos aparecem nas referências das buscas com a SGE, as pessoas acessam esses conteúdos.
Isso faz com que o seu ranking de credibilidade melhore e, então, o Google passa a dar mais destaque a esse conteúdo em sua ferramenta de busca, atingindo mais pessoas.
Por lá, têm aparecido de tudo: de sorteio falso de iPhone a jogo do tigrinho.
Já o Facebook tem piorado a experiência do usuário desde a chegada das ferramentas de Inteligência Artificial. Isso acontece porque os golpistas se valem de ferramentas de IA, como, por exemplo, a Midjourney e a Stable Diffusion, para enganar usuários da plataforma.
Prova disso é um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que analisou 120 páginas que publicaram, no mínimo, 50 imagens geradas por IA em cada. Muitas delas agem de modo coordenado; ou seja, as páginas de spam utilizam táticas de clickbait que levam o usuário a sites duvidosos.
Com o aumento da visualização, os criminosos ganham dinheiro de anúncios. Há também as páginas de golpe que, ao tentar vender produtos, conseguem os dados pessoais dos usuários.
Além disso, os pesquisadores também apontam que as imagens de IA são recomendadas pelo algoritmo do Facebook. Isso faz com que elas apareçam até para quem não segue as páginas que publicaram tais conteúdos. E a grande questão é que muitos usuários acreditam na veracidade das imagens, principalmente as pessoas mais velhas.