Cuidado consigo mesmo: estes são efeitos nefastos de mexer no celular enquanto caminha

Na correria dos dias, muita gente acaba conferindo aquela mensagem no WhatsApp ou dando aquele like nas redes sociais enquanto anda de um lugar para outro. A questão é que essa prática cotidiana pode fazer muito mal para a sua saúde.

Isso é o que atesta um artigo publicado no HHS Public Access. A pesquisa mostra que 24,6% das pessoas têm esse costume e, com ele, acumulam problemas de concentração, postura e até mesmo de humor.

Saiba quais são os principais problemas de não desgrudar os olhos da tela do smartphone nem enquanto caminha.

Desvio de atenção

Usar o celular enquanto dirige é um perigo iminente. O mesmo vale para o caminhar. Afinal, quando um pedestre divide sua atenção entre a tela e a rua, há grandes chances de se expor a situações que podem gerar um acidente, por exemplo.

Um estudo apresentado no HFES 65th International Annual Meeting, em 2021, aponta que 30 mil pedestres se envolveram em acidentes por usarem o celular enquanto andavam.

Prejuízos na postura

Já um outro estudo, divulgado pela revista Gait & Posture, aponta que o hábito é péssimo para a postura. Isso ocorre porque, se uma pessoa olha o celular durante uma caminhada, a tendência é que ela aumente a quantidade de força depositada no pescoço e nos músculos superiores das costas.

Como resultado, o pedestre adquire dores no pescoço, além de uma redução na capacidade de manter o equilíbrio, aumentando o risco de queda.

Reflexos no humor

O andar e falar ao celular também traz riscos ao emocional. Isso porque a prática gera um aumento nos níveis de cortisol, ou seja, o hormônio ligado ao estresse. Opte por caminhadas com foco no ambiente, aproveite o cenário e esqueça um pouco do mundo virtual.

Cegueira perceptiva

Também conhecida como “cegueira por desatenção”, a cegueira perceptiva tem como causa o uso do celular enquanto se anda. Isso ocorre porque o aparelho distrai a pessoa a ponto de ela sequer notar qualquer coisa que aconteça ao seu redor.

“Os usuários de telefones celulares andavam mais devagar, mudavam de direção com mais frequência e eram menos propensos a reconhecer outras pessoas do que os indivíduos nas outras condições. Os usuários de telefones celulares também eram menos propensos a notar uma atividade incomum ao longo de seu percurso”, delimita o estudo.