Celular da Nubank? Instituição financeira deve lançar sua própria operadora de telefonia

Banco virtual prepara expansão de seus negócios. Veja o que se sabe até aqui dessa nova empreitada da Fintech.

O Nubank vem crescendo de forma exponencial nos últimos anos. Agora, a instituição financeira pretende dar um passo ainda maior: expandir seus negócios e entrar na área de serviços de telefonia celular. A informação está presente em documentos obtidos com exclusividade pelo site Tecnoblog nesta sexta-feira, 12.

Até onde se sabe, a operadora móvel virtual (MVNO) ganhará uma estrutura a partir de parceria com a Claro. No entanto, a documentação que foi encaminhada para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não traz cláusulas de exclusividade entre as duas empresas.

Hoje, a Claro já oferece seus serviços a outras duas MVNOs; contudo, elas possuem pouca representatividade no mercado. Com a chegada do Nubank ao segmento, a expectativa é que se inicie uma nova fase, pautada pela competitividade e inovação no setor de telefonia móvel.

Apesar das informações vazadas sobre a novidade, ainda não há informações oficiais acerca da data de lançamento, do nome da empresa nem mesmo dos preços dos pacotes da operadora do Nubank.

Telefonia celular

O que se sabe até aqui é que a Anatel já homologou um contrato de credenciamento entre o Nubank e a Claro. Ou seja, as empresas já possuem carta branca para iniciar a criação de uma nova operadora móvel virtual. O pedido foi feito ao órgão regulador em janeiro deste ano e agora a superintendência de competição da Anatel homologou o acordo entre as partes.

A parceria foi feita em nome do Nucommerce, que o Nubank lista como uma filial com operação comercial. E, apesar de a minuta contratual apresentada à Anatel não estar disponível ao público, um informe publicado pelo órgão regulador cita trechos do documento restrito. Neles, o nome “Nubank” aparece nove vezes.

Como não há uma cláusula de exclusividade, o Nubank fica livre para contratar qualquer operadora de telefonia. No caso, a Claro foi a escolhida como fornecedora para sua operação móvel. Inicialmente, o contrato trazia uma cláusula de exclusividade, mas a documentação oficial ficou condicionada à supressão do item 6.3.8, que estabelecia essa exclusividade entre as empresas.

Veja o trecho na íntegra:

“6.3.8. As Partes acordam que o NUBANK não poderá, a seu exclusivo critério, sem anuência da CLARO, celebrar contratos de representação com outras pessoas jurídicas autorizadas a prestar o SMP pela ANATEL, para que o NUBANK atue como credenciado ou autorizado de outras Prestadoras de Origem, exceto o previsto nas cláusulas 6.3.8.1 e 6.3.8.2 abaixo. Tal condição se estende a qualquer outra empresa que esteja sob controle comum, afiliada, coligada, controlada ou controladora do CREDENCIADO sediada no Brasil.”

Hoje, a Claro atende apenas às MVNOs presentes no mercado, Maga+, da Magazine Luiza, e à alemã Deutsche Telekom, ambas com pouca representatividade no mercado e foco em conectividade para a Internet das Coisas.

Ações parecidas

Apesar de parecer inovador, o Nubank não é a primeira instituição financeira a lançar a sua própria operadora de telefonia. Isso ocorre porque o Banco Inter já possui o Inter Cel, com foco em planos móveis para correntistas, cuja cobertura utilizada é da Vivo.

Por lá, é possível encontrar pacotes como um plano com 10 GB de internet, ligações ilimitadas e acesso gratuito ao WhatsApp, Waze e Moovit por apenas R$ 30 mensais. Além disso, os correntistas ainda ganham 4% de cashback em cada valor de recarga.

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