WhatsApp: por que o queridinho dos brasileiros não é tão popular nos EUA?

Saiba os motivos de a plataforma, que faz parte da rotina dos brasileiros, não ter adesão do estadunidense.

O WhatsApp coleciona mais de 2 bilhões de usuários em todo o planeta, no entanto, o aplicativo de mensagens passa por um fenômeno um tanto quanto interessante: ele não consegue ter adesão em massa nos Estados Unidos. Mesmo pertencendo a uma empresa norte-americana, a Meta, a ferramenta ainda não conseguiu conquistar um dos principais mercados consumidores de aplicativos e redes sociais.

Dados de um relatório do Similarweb apontam que, na terra do Tim Sam, o aplicativo do segmento mais popular é o Facebook Messenger, que pertence à mesma empresa detentora do WhatsApp. Por lá, a média de usuários ativos diários na ferramenta do Facebook é de 44,83 milhões, enquanto o WhatsApp soma apenas 15,15 milhões de acessos.

SMS

Para entender os motivos de os estadunidenses não serem tão adeptos ao WhatsApp é preciso olhar todo o contexto. Por lá, o bom e velho SMS ainda é uma forma de comunicação muito popular, com uma estimativa de mais de 2 trilhões de mensagens enviadas entre celulares nos Estados Unidos em 2021. O irônico é que aplicativos de mensagens como o próprio WhatsApp, Messenger e Telegram trazem mais recursos e ajustes de segurança que as simples mensagens de texto SMS.

Foto: Shutterstock

Mas isso é resultado de um longo processo, quando o país criou a sua própria estrutura de telefonia móvel, muito antes dos smartphones. Além disso, os planos oferecidos pelas operadoras já cobriam, de forma ilimitada, o uso do SMS, algo que demorou a ocorrer no Brasil.

Por não ter custo adicional nos Estados Unidos, o SMS também é uma garantia que qualquer celular consegue enviar ou receber mensagens, independente do aparelho. Enquanto isso, o WhatsApp cresceu no Brasil por usar dados de internet, incluindo redes Wi-Fi, tornando-se uma opção cômoda, versátil e sem custos adicionais.

Apple

Também não se pode ignorar que a forte presença da Apple no mercado influencia este cenário. Dados do site StatCounter apontam que 59% da população usam iPhone e acabam optando pelo mensageiro nativo do aparelho, o iMessage.

Diante deste cenário, a Apple tem planos de adotar o protocolo RCS no sistema, ou seja, uma versão “turbinada” do SMS, mas com recursos que se aproximam do WhatsApp. A iniciativa deve, inclusive, afetar a presença do mensageiro da Meta por lá.

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