Vírus letal ‘comedor de ânus’ se espalha e mata 30% dos infectados
Jovem de 14 anos teve as mãos e os pés amputados em decorrência da doença. Conheça os sintomas e a forma de transmissão dos microorganismos.
Uma nova doença está se espalhando e causando um alerta geral no Japão. Trata-se de um vírus conhecido como “comedor de ânus”, que provoca óbito em 30% dos infectados. Entre janeiro e fevereiro de 2024, foram identificados 378 casos da Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (STSS).
Segundo especialistas, a STSS surge de uma forma mais severa da bactéria responsável pelo estreptococo A. Esse microorganismo pode aparecer em diversas partes do corpo, como pele, garganta, órgãos genitais e no ânus, causando diferentes enfermidades.
O que é o Streptococcus A?
Trata-se de uma bactéria que geralmente causa problemas na garganta ou na pele, assim como no ânus. Muitas pessoas possuem o microorganismo, porém, não apresentam sintomas. Outras podem ficar doentes ao menor contato com ele.
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Quais os sintomas da STSS?
Pessoas acometidas pela doença podem sentir os seguintes sintomas:
- Febre;
- Disfunção renal;
- Dificuldade para respirar;
- Queda na pressão arterial;
- Dor de cabeça;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Mal-estar;
- Dores musculares;
- Disfunção hepática; e
- Mucosas avermelhadas.
Quais são as formas de transmissão?
A bactéria do streptococcus A passa de pessoa para pessoa através de contato próximo ou por meio de tosses e espirros. Geralmente, em casos de surto da doença, os lugares de maior contaminação são escolas e casas de repouso para idosos.
Existe idade para a doença?
No ano de 2023, foram registrados 941 casos da Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (STSS), porém, estima-se que este ano o número de pessoas infectadas seja maior. O público acometido pela STSS tem sido idosos com 65 anos ou mais. Contudo, pacientes abaixo de 50 anos também têm ido a óbito em razão da enfermidade.
Um caso ocorrido em setembro do ano passado é um exemplo disso: um jovem de 14 anos teve os pés e mãos amputados após complicações pela STSS. Especialistas ainda não sabem explicar o porquê do aumento de tantos casos em um curto tempo.
Há muita coisa que não sabemos sobre a atuação do vírus, sobretudo essa forma fulminante de ataque, grave e repentina, do estreptococo. “Também não temos ainda condições de explicar”, diz o comunicado do Instituto de Doenças Infecciosas (NIID).