Vacina contra câncer de pele inicia testes avançados em humanos

A gigante farmacêutica Moderna e sua parceira Merck disseram na quarta-feira (26) que começaram a receber pacientes para um estudo em estágio avançado, testando sua vacina personalizada contra o câncer de pele em combinação com a imunoterapia Keytruda.

Os dados do estudo intermediário obtidos de 157 pacientes mostraram que a combinação da vacina reduziu o risco de recorrência da doença ou morte em 44 por cento em pacientes com melanoma. É a forma mais letal de câncer de pele

Espera-se que o estudo atual envolva mais de 1.000 pacientes de mais de 25 países. Os primeiros pacientes estão sendo inscritos na Austrália.

As empresas estão testando a vacina em pacientes com melanoma cujos tumores foram removidos cirurgicamente antes de serem tratados com a combinação medicamento-vacina ou apenas com Keytruda.

Vacina contra câncer de pele

A vacina é adaptada para cada paciente para gerar células T, uma parte fundamental da resposta imune do corpo, com base na assinatura mutacional específica de um tumor.

A terapia Keytruda da Merck é chamada de inibidor de checkpoint. A terapia é projetada para desativar uma proteína chamada morte programada ou PD-1. Esta proteína ajuda o câncer a fugir do sistema imunológico.

Competição

Além da Moderna e da Merck, as empresas rivais BioNTech SE e Gritstone Bio também estão trabalhando em vacinas contra o câncer com base na tecnologia de mRNA.

Há décadas, os cientistas perseguem o sonho de vacinas contra o câncer. Apesar disso, não houve muitos sucessos.

De acordo com especialistas da indústria, as vacinas de mRNA, que podem ser produzidas em menos de oito semanas, combinadas com drogas que aceleram o sistema imunológico podem levar a uma nova geração de terapias contra o câncer.

O principal objetivo do estudo em estágio avançado é medir a quantidade de tempo que os pacientes vivem sem que o câncer retorne quando tratados com a combinação, em comparação com o tratamento apenas com Keytruda.