Smartwach e smartband são realmente capazes de medir o estresse?
Dados apontam que 90% da população mundial tem problemas com estresse; Saiba se esses recursos tecnológicos conseguem realizar uma medição real.
Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) são alarmantes quando o assunto é estresse. Isso porque uma pesquisa realizada em 2020 aponta que cerca de 90% da população mundial enfrenta problemas relacionados ao estresse.
Hoje, aparelhos tecnológicos como o smartwatch e o smartband realizam a medição de estresse em seus usuários. Mas será que essa avaliação é confiável?
Medição de estresse
É preciso reforçar que o estresse pode trazer alterações em diversas áreas do organismo e, portanto, uma avaliação mais precisa pode envolver a realização de exames mais complexos, como é o caso, por exemplo, de avaliação dos níveis de vitamina D, lítio e cortisol.
Isso porque esses exames citados identificam problemas com as glândulas suprarrenais ou com a hipófise, já que o cortisol é produzido por meio dessas glândulas. Para se ter ideia, o cortisol sinaliza quando o nosso corpo se prepara para lidar com situações de perigo, ou seja, é uma espécie de termômetro dos níveis de estresse de cada indivíduo.
Avaliação de quadro clínico
Especialistas apontam que o estresse apresenta diversos sintomas. Os principais são:
- Dor muscular;
- Insônia;
- Episódios de diarreia;
- Problemas de pele;
- Gastrite prolongada;
- Irritabilidade excessiva;
- Hipertensão;
- Vertigem;
- Baixa imunidade;
- Depressão;
- Obesidade.
Diante de uma lista tão extensa, fica claro que a medição de estresse, em um único aparelho, pode não conseguir indicar os padrões mínimos e máximos do seu nível de estresse. Portanto, o mais indicado é sempre procurar ajuda médica.
Porém, será que os dispositivos smartwatch e smartband servem, pelo menos, como um sinalizador de estresse, mesmo que de forma simplificada?
Smartwatch e smartband
É claro que esses relógios tecnológicos podem, de alguma forma, ajudar a identificar um quadro de estresse. No entanto, é preciso considerar que eles possuem limitações, uma vez que há um grau de imprecisão nas medições.
Em outras palavras, os relógios podem sim funcionar como sinalizadores, se observados dentro de uma proposta mais rotineira, nunca como substituição de uma avaliação médica, uma vez que um quadro clínico considera diversos fatores.
Nesse sentido, vale lembrar que esses dispositivos consideram apenas a frequência cardíaca para uma avaliação das variações ou irregularidades no padrão. Assim, se detectarem batimentos muito altos, sem a prática de exercícios de locomoção, esses relógios entendem que o quadro pode ser de estresse ou ansiedade.
Apesar de apontar essa tendência, também é válido lembrar que o mesmo quadro de aceleração dos batimentos cardíacos em situações de repouso pode ser indicativo de outras doenças, como, por exemplo, hipertireoidismo, febre e até mesmo o uso de alguns medicamentos.
Por fim, qualquer mudança em relação à saúde ou mesmo frequência cardíaca irregular, procure uma avaliação profissional.