Nova pílula que “imita atividade física” no corpo pode revolucionar a vida de quem odeia academia

Pesquisadores desenvolvem compostos que imitam os benefícios do exercício físico e podem ajudar no combate de doenças; Saiba os detalhes.

Uma pílula que substitui o exercício físico. Isso é o que prometem os pesquisadores que desenvolveram compostos que imitam os benefícios do exercício em células de roedores. A ação pode representar caminhos para novos tratamentos para atrofia muscular e doenças como insuficiência cardíaca e Alzheimer.

As novidades foram apresentadas no American Chemical Society (ACS Spring), evento realizado em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

Exercícios físicos

A expectativa é que, em um futuro próximo, a pílula poderá oferecer benefícios próximos aos do exercício físico. Isso porque os novos compostos parecem capazes de imitar o impulso físico do treinamento, pelo menos foi o que ocorreu nas células de roedores.

Não podemos substituir o exercício; o exercício é importante em todos os níveis. Mas há muitos casos em que é necessário um substituto, afirmou no evento Bahaa Elgendy, investigador principal do projeto.

A pesquisa é fundamental para o desenvolvimento de terapias que possam ajudar pessoas com perdas musculares devido a doenças ou mesmo ao envelhecimento.

Droga que imita exercício

Na prática, os pesquisadores esperam recapitular seus potentes efeitos físicos – ou seja, a expectativa é criar uma pílula que tenha a mesma capacidade do exercício de melhorar o metabolismo e o crescimento das células musculares.

O que se espera é um medicamento que possa imitar estes efeitos, compensando a atrofia e a fraqueza muscular que ocorrem com o envelhecimento, câncer ou mesmo condições genéticas.

Outra questão é que o estudo poderia contrariar os efeitos de outras drogas, como novos medicamentos para perda de peso que causam a perda de gordura e músculos.

Funcionamento

As alterações metabólicas ligadas à prática de exercício se dão a partir da ativação de proteínas especializadas, que são receptores relacionados ao estrogênio (ERRs), apresentados em três formas: ERRα, ERRβ e ERRγ.

A pesquisa desenvolveu um composto chamado SLU-PP-332, que ativa todas as três formas, incluindo o ERRα. Ele regula a adaptação ao estresse induzida pelo exercício e outros processos fisiológicos importantes nos músculos.

No caso dos ratos, a pesquisa aponta que este composto aumentava um tipo de fibra muscular resistente à fadiga. Ele também melhorava a resistência dos animais quando corriam numa passadeira para roedores.

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