Dois ou dez anos: especialista em IA acredita que humanidade pode estar a um passo do fim

Previsão catastrófica de especialista aponta que o nosso tempo é mais curto do se imaginava se não houver cautela no desenvolvimento da tecnologia.

Desde a popularização do uso da Inteligência Artificial no dia a dia das pessoas, percebe-se um aumento na geração de previsões positivas ou até mesmo negativas decorrentes do uso sem qualquer tipo de controle dessas ferramentas. Eliezer Yudkowsky, especialista em inteligência artificial, explica que a situação pode ser ainda pior do que se pensa.

Em entrevista ao The Guardian, o acadêmico reforçou que o tempo da humanidade é mais curto do que se imagina, caso tais tecnologias não sejam desenvolvidas com cautela.

A fala do especialista é um tanto pessimista em relação ao futuro. “A dificuldade é que as pessoas não percebem que temos uma mínima chance de sobrevivência da humanidade”, afirmou Yudkowsky.

Na mesma linha, o pesquisador continuou: “Se você me colocar contra a parede e me forçar a atribuir probabilidades às coisas, tenho a sensação de que nosso atual cronograma restante se parece mais com cinco do que com cinquenta anos. Pode ser dois anos ou dez”, completou.

Isso porque, segundo o estudioso, os supercomputadores realizam cálculos complexos e tomam decisões de forma mais rápida que os seres humanos. E isso poderia ser a origem de um perigo imensurável. Yudkowsky vai além e afirma também que é uma questão de tempo até que a Inteligência Artificial se torne inteligente o suficiente para superar o desenvolvimento cognitivo humano.

Caminho da cautela

As falas também foram reafirmadas em um TED Talks, que é uma série de conferências realizadas mundo afora, sem fins lucrativos, com o objetivo de disseminar ideias.

Na ocasião, o pesquisador coloca que a Inteligência Artificial, se encarregada de funções perigosas, pode se mostrar catastrófica. Por isso, ele aponta a cautela como o caminho mais assertivo para o desenvolvimento deste tipo de tecnologia.

Apesar de soar pessimista, o pesquisador defende esse ponto de vista de forma radical. Para ele, é necessário trazer essa perspectiva mais catastrófica sobre o futuro da humanidade para que se observem questões ligadas à ética e à condução de novas tecnologias de forma a somar ao desenvolvimento humano – e não destruí-lo.

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