O combustível do seu carro está adulterado? Veja 5 sinais

Abastecer com combustível de qualidade é importante para evitar problemas e aumentar a vida útil do veículo, além de melhorar seu desempenho. Porém, raramente o motorista tem garantias de que o produto que coloca no tanque está dentro do padrão exigido.

Os golpes relacionados à venda de gasolina e etanol adulterados estão cada vez mais comuns, e na maioria das vezes a vítima só descobre que se deu mal quando um defeito aparece. Em certos casos, o proprietário pensa que a falha está na mecânica do carro, e não no combustível dentro do tanque.

Segundo Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, alguns sinais podem indicar que o produto usado foi adulterado. Confira cinco deles:

1. O consumo aumenta

O primeiro indício do uso de combustível adulterado é o aumento no consumo. Isso acontece porque o produto de má qualidade faz o motor funcionar de forma irregular, o que prejudica seu desempenho e gera ainda mais gastos no posto.

2. O carro não pega no frio

Se o motor do carro gira após a partida, mas ele não começa a funcionar, isso pode indicar que a gasolina foi adulterada. Pose explica que esse “pode ser um sintoma de combustível adulterado com algum produto mais pesado, que dificulte a formação de vapores leves, que são os responsáveis pela partida a frio”.

Porém, como o sinal também pode indicar problemas em outros componentes, como ignição e bobinas, a recomendação é ficar de olho em outros sinais.

3. A marcha lenta oscila

Outro indício de adulteração é o aumento na oscilação da marcha lenta. Isso pode ser observado quando o motorista está parado no trânsito e a rotação do veículo aumenta e diminui, indicando que algum produto de peso intermediário foi adicionado ao combustível.

4. A aceleração falha

Quando o motorista que está dirigindo em marcha lenta percebe uma falha na aceleração, é sinal de que o combustível está contaminado. “É como se ocorresse uma interrupção no fluxo de combustível, popularmente conhecida como buraco na aceleração”, explica o especialista.

O ideal é verificar a existência de alguma falha no sistema de alimentação de combustível e o estado dos componentes do sistema. Também há casos em que o problema atinge as tubulações que levam o produto do tanque ao motor.

5. Há batida de pino

O índice de resistência do combustível à queima espontânea (nível de octanagem) difere para cada carro. Para se ter uma ideia, a recomendação é de octanagem mínima de 93 RON em veículos de baixa cilindrada e de tecnologia flex, mas nem sempre a recomendação é seguida.

“Alguns solventes irregularmente presentes nos combustíveis, utilizados como adulterantes, podem alterar a octanagem para valores mais baixos que os mínimos recomendados, e isso causa a batida de pino, que ocorre quando a octanagem do combustível utilizado não atende as situações mais severas de aceleração e carga impostas ao veículo”, explica Pose.

Esse problema também pode causar o acionamento da luz da injeção, a emissão de sons pelo motor, vibrações e falhas na ignição. além de cheio de queimado.

*Com informações do Autoesporte.