Café expresso ou coado: o que é melhor para a sua saúde? Ciência responde

Saiba se o método de preparo do seu cafezinho de todo dia tem relação direta com a sua saúde.

Que o brasileiro não vive sem um bom café, todo mundo sabe. Pode fazer calor ou frio, a rotina pode ser corrida ou estar-se em férias: o bom e velho cafezinho marcará presença em nossa rotina.

No entanto, o que muita gente não sabe é que a bebida pode ser ainda mais saudável se preparada com filtro de papel. Pelo menos é o que afirmam pesquisadores noruegueses, que reuniram dados de saúde de 508.747 homens e mulheres de 20 a 79 anos.

Durante a pesquisa, as pessoas foram acompanhadas por 20 anos, período em que os participantes relataram o tipo e a quantidade de café que consumiam, seja filtrado em papel ou por métodos não filtrados, como prensa francesa ou expresso.

Café coado

O estudo foi publicado no periódico médico European Journal of Preventive Cardiology. A pesquisa aponta que, ao se realizar uma comparação entre o café não filtrado, o café filtrado se apresenta em um cenário com menor risco de morte por doença cardiovascular, assim como doença cardíaca isquêmica ou até mesmo acidente vascular cerebral.

Os dados apontam que a mortalidade é mais baixa entre os que bebem de uma a quatro xícaras por dia. Isso ocorre porque o café não filtrado apresenta concentrações muito mais altas de fitoquímicos, responsáveis pelo aumento do colesterol.

Diante dos resultados, Aage Tverdal, pesquisador sênior do Departamento de Saúde Pública da Noruega e principal autor deste estudo, aponta que o efeito na saúde cardiovascular é pequeno em comparação com a prática de exercícios ou controle de peso. De toda forma, é ainda significativo.

Benefícios

Não se pode negar que o café é uma bebida que traz muitos benefícios à saúde. Nesse sentido, uma pesquisa do Instituto Axxus sobre o consumo do café no Brasil aponta que 30% dos brasileiros tomam pelo menos seis xícaras de café por dia. Neste cenário, 45% dos participantes informaram ter um consumo um pouco menor, ou seja, entre três e cinco xícaras diárias.

Quando se trata dos horários de consumo da bebida, no Brasil ela é consumida, principalmente, ao acordar, durante a manhã e também depois do almoço. No entanto, é o volume que está diretamente ligado aos benefícios para o nosso corpo.

Uma xícara de café, por exemplo, aumenta o estado de alerta do corpo e contribui para o funcionamento do intestino. Já duas xícaras melhoram o desempenho da atividade física, ao contribuir na resistência e velocidade. Por ter efeito estimulante, reduz a fadiga e a percepção de esforço.

Além disso, as mesmas duas xícaras contribuem para a diminuição do risco de insuficiência cardíaca. Na mesma linha, um estudo feito com meio milhão de britânicos também aponta que o consumo de três xícaras de café reduz o risco de derrame em 21%. O motivo seria o fato de os antioxidantes da bebida protegerem as artérias de danos.

Um estudo da Suécia traz dados que mostram que o consumo de cinco xícaras por dia reduz em 29% os riscos de diabetes tipo 2, uma vez que o ácido cafeico e os ácidos clorogênicos presentes no grão de café ajudam na prevenção dos depósitos da proteína polipeptídeo amiloide, que, ao acumular no pâncreas, destroem as células que produzem insulina.

Para quem só toma a versão descafeinada, a notícia também é boa: ela pode ter o mesmo efeito protetor para o seu corpo.

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