Apple é investigada por supostamente deixar iPhones antigos mais lentos

A Procuradoria de Paris anunciou que o Serviço Nacional de Investigação da Direção Geral de Política de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraude (DGCCRF) iniciou uma ação legal contra a Apple. O caso começou a ser analisado em dezembro de 2022, após uma denúncia apresentada contra a empresa pela Associação Halt Planned Obsolescence (HOP).

A França abriu uma investigação contra a Apple “por restringir o reparo de smartphones e tornar a obsolescência planejada”, disseram autoridades na terça-feira (16).

O processo acusa a Apple de fazer dezenas de interceptações no reparo de peças de aparelhos e ditar práticas que dificultam reparos por serviços não autorizados.

A Apple é acusada de não disponibilizar o hardware para o usuário a um preço e tempo acessíveis.

Acusações

A reclamação cita o exemplo de um iPhone XR com uma tela sensível ao toque substituta que para de funcionar quando o telefone é atualizado do iOS 15 para o iOS 16.

Isso sugere que você pode ficar com um iPhone ou iPad morto algum tempo depois de consertá-lo, sem assistência do reparador terceirizado original ou da Apple.

“Se a Apple deseja obstruir o reparo independente e o desenvolvimento do recondicionamento, a justiça deve impedir essas práticas anacrônicas, irresponsáveis ​​e ilegais”, diz a cofundadora da HOP, Laëtitia Vasseur, em uma declaração traduzida.

Bateria do iPhone

Esta não é a primeira vez que questões relacionadas à obsolescência planejada afetam os iPhones. A Apple foi multada em £ 21 milhões em 2020 pelo órgão fiscalizador de fraudes francês DGCCRF. Ela concordou em pagar US$ 113 milhões nos EUA no mesmo ano, para encerrar uma investigação no que veio a ser conhecido como “batterygate”.

O desempenho do iPhone foi reduzido à medida que a bateria envelhecia. Isso foi interpretado pelos usuários como um empurrão para fazê-los comprar outro telefone. A Apple afirma que pretendia prolongar a vida útil do telefone, evitando que ele estragasse muito cedo. A empresa admitiu a culpa em 2017.