A verdade por trás da onda de calor que atinge o Brasil, segundo a ciência

Especialistas explicam que essa onda de calor é resultado de uma grande massa de ar quente e seco.

As temperaturas incomuns estão surpreendendo os habitantes da maior parte do Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas estão quase 10 graus acima da média mensal. A média de temperatura para essa época deveria estar em 24,5 graus Celsius.

Na última quarta-feira, os termômetros atingiram uma máxima de 32,3 graus Celsius em São Paulo, chegando perto dos 32,5 graus Celsius registrados em 16 de janeiro durante o verão. Essas temperaturas também se aproximaram dos recordes históricos de agosto, que foram de 33,1 graus Celsius em 31 de agosto de 1952 e 1955.

Especialistas explicam que esse clima fora do comum é resultado de uma grande massa de ar quente e seco que está sobre o Brasil. Essa massa de ar quente é formada por uma combinação do fenômeno climático El Niño e do aquecimento global causado pela atividade humana.

Calor em pleno inverno

Cleber Souza, meteorologista do Inmet, alerta que algumas áreas do Brasil estão enfrentando temperaturas cinco graus acima da média. Além disso, há previsões de temperaturas elevadas, com 41 graus em Mato Grosso, e perto dos 40 graus no norte e nordeste do país.

As autoridades estão preocupadas com os riscos de incêndios florestais devido às altas temperaturas e à baixa umidade. Elas aconselham os cidadãos a se manterem hidratados. Além disso, devem evitar exercícios ao ar livre e até mesmo usarem soro para refrescar o nariz e os olhos devido ao clima seco.

Enquanto as ruas de diversas capitais testemunham pessoas vestindo-se como em dias típicos de verão, os especialistas da ONU alertam para a possibilidade de ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas no mundo devido às mudanças climáticas.

John Nairn, especialista em calor extremo da Organização Meteorológica Mundial (OMM), destaca que as pessoas estão subestimando os sinais dessas mudanças climáticas. Ele afirma que a ciência prevê um aumento na frequência e intensidade das ondas de calor, o que aponta para um futuro mais quente e desafiador.

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