Pendrive salva maior banco do mundo e nos dá lição de segurança

Instituição precisou da ajuda de um pendrive para que o pior não se concretizasse.

O que aconteceria se uma das maiores instituições financeiras do mundo sofresse um ataque hacker? Foi isso que aconteceu com a divisão do Banco Central Industrial e Comercial da China (ICBC) nos Estados Unidos. Felizmente, o maior banco de ativos do mundo precisou da ajuda de um pendrive para que o pior não se concretizasse.

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O ataque ao braço do ICBC nos EUA aconteceu no começou de novembro, provocando a interrupção de todas as negociações no mercado de títulos norte-americana, e deixando o distrito financeiro de Mahattan sob um verdadeiro caos.

Como aconteceu o ataque?

Segundo a Reuters, o ataque aconteceu por meio de ransomware, um tipo de malware capaz de bloquear computadores e, em seguida, exige-se um resgate para que eles sejam desbloqueados. O nome dessa prática nasceu da palavra “ransom”, que significa resgate em inglês.

Diante das circunstâncias, o banco decidiu pagar pela retomada do sistema, conforme revelou um representante do grupo de ransomware Lockbit. O valor do acordo foi fechado e não veio a público.

ICBC
Banco Central Industrial e Comercial da China (ICBC), sede de Shangai (Imagem: Andy Feng/Shutterstock)

Para ter uma ideia do estrago, o apagão financeiro da ICBC nos EUA fez com que a instituição ficasse devendo temporariamente R$ 44 bilhões (US$ 9 bilhões) ao BNY Mellon. Além disso, a invasão foi tão extensa que até mesmo o e-mail corporativo da empresa parou de funcionar, obrigando os funcionários a usarem o Gmail.

Onde entra o pendrive nesta história?

O colapso no maior distrito financeiro do mundo, em Manhattan, não foi pior graças a um simples pen-drive. Isso porque, com o bloqueio do sistema do ICBC, os registros de negociações tiveram que ser transferidos para o mini dispositivo. O motivo: ele não possui acesso à internet.

Em seguida, os registros das negociações foram transferidos fisicamente utilizando um mensageiro do banco. Para isso, o responsável precisou estabelecer um contato presencial com outros agentes do mercado de renda fixa dos EUA e também com corretoras.

Apesar de parecer pouco tecnológico, essa medida emergencial conseguiu minimizar danos e evitar que informações sensíveis fossem vazadas. Os suspeitos são um grupo de hackers russos.

E nós? O que podemos fazer para nos proteger?

Dentre as recomendações dadas por especialistas, para se proteger de casos parecidos, o mais recomendado é fazer um backup dos dados usando um antivírus, sobretudo aqueles com ferramentas anti-ransomware. Só essa prática é capaz de reduzir (e muito) as chances de um ataque grave por hackers pelo computador.

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