1, 2, 3, 4, e… só? Por que os personagens de desenho animado têm apenas quatro dedos?

O desenho animado invade nosso cotidiano e a história dos quatro dedos é um exemplo de como tradições podem ter razões práticas.

Quem nunca se pegou assistindo a um episódio de uma animação e notou algo peculiar nas mãos dos personagens? Estamos falando daqueles quatro dedos que se tornaram uma marca registrada de muitos personagens de desenho animado.

Afinal, por que essa característica tão distinta? Não é todo dia que você encontra alguém por aí com um dedo a menos. Mas, em se tratando de animação, essa escolha tem suas razões bem fundamentadas.

Desenho animado: a razão por trás dos quatro dedos

Primeiramente, vamos desvendar esse mistério: a tradição dos quatro dedos não é uma regra escrita em pedra, mas uma convenção adotada pelos pioneiros da animação por motivos práticos e estéticos.

Segundo um vídeo do canal ChannelFredator, a era dourada da animação nos apresentou personagens com formas mais arredondadas, o que naturalmente levou à “extinção” do quinto dedo para evitar uma aparência estranha.

Walt Disney, por exemplo, foi um dos primeiros a adotar essa estética para Mickey Mouse, argumentando que cinco dedos faziam suas mãos parecerem um cacho de bananas. Além disso, a predominância de personagens animais, sem dedo opositor, reforçou essa escolha, evitando que parecessem alienígenas ou estranhamente humanos.

O aspecto econômico e a quebra da tradição

Além disso, há também a questão dos custos. Pode parecer pouca coisa, mas desenhar um dedo a menos por mão resulta em uma economia significativa de tempo e recursos, principalmente quando se pensa na quantidade de quadros que um animador deve produzir manualmente.

Porém, enquanto a tradição dos quatro dedos permanece forte na animação ocidental, não é uma norma universal. No Japão, por exemplo, essa prática é evitada devido às conotações negativas com a palavra “morte” e associações culturais.

Atualmente, algumas animações modernas como “Rick e Morty” e “Steven Universe” optaram por retratar seus personagens com cinco dedos, mostrando que a regra dos quatro dedos, embora ainda popular, não é mais inquestionável.

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